Um dos princípios primordiais para a vida autêntica de um Cristão é imitar a vida de seu mestre, o Senhor de todos os exércitos, o Próprio Jesus Cristo. Para imitar Cristo antes de mais nada é preciso conhecê-lo, ter uma intimidade e deixar-se guiar por Ele, é fazer jus ao que São Paulo diz aos Gálatas:
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2, 20).
É preciso que o servo deixe que o mestre assuma o seu controle, e não há outra forma que unir a Ele se não através da graça, da oração, da vida sacramental, espiritual e contemplativa. Um verdadeiro apóstolo antes de tudo deve encher-se do mestre, ou seja do Espírito Santo.
Deus quis que o homem fosse participante de sua salvação, e foi chamado a essa honra para colaborar com o salvador, em transmitir às almas essa vida divina, considerar-se como modestos canais encarregados de haurir tal vida nessa fonte única.
O Homem antes de buscar uma vida de ação precisa estar unido a Cristo, precisa encher-se Dele, para que o Sobrenatural possa agir através de si, para que assim a vontade de Deus prevaleça e não as intenções e vontades humanas.
O grande erro de muitos apóstolos dos dias de hoje é acreditar que podem alcançar conversões e conduzir almas a Deus com suas próprias forças, um erro teológico primário, que acontece em alguns movimentos católicos como a Teologia da Libertação aplicada atualmente que distorce o sentido do ensinamento de Cristo e a exterioriza, e em sua totalidade nos membros das seitas protestantes espalhadas pelo mundo. Acreditar que é possível ter méritos através de ações próprias, sem mesmo conhecer a vida interior, de servidão e obediência a Cristo e seus ensinamentos, advindas pela soberba e orgulho é um grande e maligno pecado de espírito, que desvia do caminho correto do Mestre. Não há de se admirar o crescimento das profanações e sacrilégios nos meios católicos e o crescimento das seitas apóstatas da fé. Assim nascem cada vez mais movimentos e seitas que ao invés de salvar almas, mesmo muitos tendo boa intenção, acabam por desviá-las para o caminho da perdição, colaborando com as artimanhas do demônio.
O homem jamais deve confiar em suas intenções e vontades próprias, antes de mais nada precisa buscar o Senhor, precisa conhecer o seu mestre e beber de sua água. Uma alma que não conhece o próprio Deus, que não conhece a sua religião, que não a vive e dá testemunho, que não imita o Cristo, não passa de uma miragem no deserto, algo vazio que vende a ilusão de um paraíso e de um “senhor” criado por sua imaginação, contraditório a verdade.
As ações destes homens são passageiras, e como não vem de ordem divina trazem frutos podres às almas por elas contaminadas e não há de se admirar que tais movimentos não tem muito tempo de vida e duração, seja dentro da Santa Igreja ou fora dela, como é o caso das seitas heréticas que não se sustentam por muito tempo e acabam desaparecendo, embora causam muitos estragos e tiram muitas almas do caminho da salvação.
Atualmente em nossa nação tem surgido muitos movimentos e seitas que se denominam de salvadores da pátria (alma), e não passam de ativistas, sem mero conhecimento da essência de Cristo e que muitas vezes usam o nome Dele para travar lutas de seus interesses. Estes podem até alcançar algumas glórias passageiras terrenas (nada transcendental), mas não são a solução. A verdadeira solução para nossa nação é o Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo que deve vir através da vida de oração, contemplação e união ao Cristo, e para isso acontecer é necessários que as autoridades Eclesiais, governamentais e toda a nação entendam que a fé é objetiva, una, hierárquica e obediente ao magistério da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, poder este impetrado pelo próprio Rei dos Reis ao Primeiro papa São Pedro Apóstolo. Entendido estes fatores essenciais podemos traçar o caminho reto da fé, o caminho que leva à salvação das almas, trilhando sobre os espinhos da vida terrena (engano terrível achar que há paraíso na terra) e assim alcançar o fim almejado do homem que é a contemplação de Deus.
Ad Maiorem Dei Gloriam!
Viva Cristo Rei!