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A Arte Barroco-Guarani como refutação à Neomissiologia

Arte barroco-guarani feito por mãos indígenas que foram convertidas por jesuítas e franciscanos no Paraguai
Arte barroco-guarani feito por mãos indígenas que foram convertidas por jesuítas e franciscanos no Paraguai

Em artigo anterior foi ressaltado os pressupostos teológicos da Neomissiologia, a raiz teológica por trás do Sínodo da Amazônia. Tal engodo ideológico vira pó diante do Evangelho, de Nossa Senhora de Guadalupe e dos exemplos dos Santos. E para ilustrar mais ainda a questão, tomemos o exemplo da arte Guarani-Barroca para tornar ainda mais visível e concreta a questão.

A foto em questão foi tirada por um amigo do Instituto Santo Atanásio em visita a uma igreja no Paraguai. Trata-se de uma arte guarani-barroca feita por índios que foram convertidos por missionários jesuítas e franciscanos. Nada mais ilustrativo para visualizar os falsos pressupostos da neomissiologia.

Prega a neomissiologia, conforme escrito em artigo anterior, que

Os índios não precisam ser convertidos a Cristo e batizados; a salvação deles já estaria garantida pelo seu próprio modo de vida ecológico e coletivista (…) [Assim] tentar convencer os índios a abraçarem os princípios do Evangelho seria até mesmo uma forma de “violência” contra essas culturas que, para eles, devem ser preservadas intactas a todo custo! [Consequentemente, os neomissionários] defendem que suas culturas e costumes permaneçam intactos, mesmo aqueles costumes pagãos mais violentos, desumanos e ofensivos a Deus.

Tal camisa ideológica quer prender os índios em sua cultura pagã, considerando qualquer trabalho de conversão como algo absurdo ou inglório, pois ou há equivalência cultural ou a cultura indígena seria superior.

Todavia, conforme podemos observar pela imagem que ilustra este artigo, a arte barroco-guarani torna nítido aquilo que a Teologia Católica, alicerçada nas Sagradas Escrituras, Tradição e Magistério, sempre sustentou: o índio é um ser humano e, portanto, foi criado à imagem e semelhança de Deus. Uma vez batizado também eles terão participação na graça santificante, que os torna semelhantes a Cristo. A partir da graça santificante impressa pelo batismo, tornam-se filhos adotivos de Deus por Participação. E, assim como acontece com qualquer outro homem, as graças enviadas por Deus não contradizem a natureza humana, mas aperfeiçoa e eleva, possibilitando um caminho de santidade. Em resumo: quanto mais santo, mais humano, sendo o caminho de santidade iniciado pelo sacramento do Batismo.

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E o que é esta arte do nosso artigo senão a evidência concreta de que a graça aperfeiçoa a natureza e a eleva? Sendo homem, os índios são capazes de produzir arte; sendo católicos, deiformados pela graça santificante, são capazes de produzir artes que elevam nossas bênçãos a Deus. Não se trata apenas de beleza e técnica de manejo. Na vida da graça, o católico, dócil à vontade de Deus, consegue alcançar fins sobrenaturais, aproximando-se de Deus.

Estando a arte intimamente relacionada com a cultura, quando é agraciada pela fé eleva-se e aprimora-se, torna-se mais aprazível a Deus, mais transcendente. Sendo assim, o barroco-guarani mostra que a ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo de Batizar e Pregar o Evangelho a todas as criaturas é verdadeira e que, portanto, a conversa da neomissiologia é balela. Nada neste mundo traz mais dignidade ao homem do que a Vida da Graça. E como não poderia deixar de ser, a arte reflete justamente isso.

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Augusto Pola Júnior

Vice-presidente do Instituto Santo Atanásio, seu maior interesse de estudo é psicologia (em especial a tomista) e espiritualidade. Possui especialização em Logoterapia e Análise Existencial e em Aconselhamento e Orientação Espiritual.
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