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Polônia enfrenta totalitarismo gay e o identifica como um neomarxismo

Marxismo + Marcusianismo = Neomarxismo, sendo o lobby lgbt uma de suas manifestações
Marxismo + Marcusianismo = Neomarxismo, sendo o lobby lgbt uma de suas manifestações
Por Luiz de Moraes

A conexão entre a teoria marxista e a ideologia LGBT vai muito além da verve revolucionária.

O site do jornal carioca O Globo reproduziu no começo de agosto uma matéria da agência de notícias Reuters que afirma, em tom de indignação, que a Igreja Católica polonesa estaria “reforçando” o que chamam de “campanha antigay do governo nacionalista de direita do país”. O texto ainda recrimina uma pregação do arcebispo de Cracóvia e menciona políticos liberais que o acusaram de “incitar o genocídio” (sic) simplesmente por denunciar a agressiva disseminação do proselitismo gay.

Diante do amplo público católico presente nas celebrações de Corpus Christi deste ano, o arcebispo cracovita Dom Marek Jedraszewski oportunamente denunciou a pretensão controladora e totalitária dos cada vez mais poderosos grupos de pressão e influência LGBT.

De acordo com o prelado, a ideologia gay claramente ambiciona “controlar nossas almas, corações e mentes” e, embora a Polônia esteja hoje livre da opressão comunista soviética que por tantos anos sufocou e tiranizou a sua população, o país permanece sob a ameaça de uma ideologia “nascida do mesmo espírito, neomarxista. Não vermelha, mas do arco-íris.”.

Sem entrar, por hora, no mérito das apreciações morais e consequências espirituais da disseminação do homossexualismo, podemos dizer que o bispo tem um ponto plenamente defensável e comprovável neste discurso: o vínculo da militância LGBT com os desdobramentos teóricos do marxismo é um fato. Trata-se de um vínculo ideológico real, longe de ser puramente retórico como dá a entender o artigo noticioso.

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Não obstante o fato de homossexuais terem sido perseguidos e mortos em diversos regimes comunistas, os métodos atuais e várias premissas do movimento gay têm, com o socialismo do século XX, um mesmo berço teórico. É comum no movimento revolucionário que segmentos outrora expurgados se tornem importantes e até mesmo hegemônicos dentro do movimento em outro contexto histórico.

Não é à toa que, tanto no Brasil como nos EUA e em vários outros países, os partidos políticos mais socialistas, mais de esquerda, sejam também os mais afins às demandas do lobby gay e os mais esmerados em implementá-las. E não é só a impulsividade revolucionária que eles têm em comum. 

O nexo salta aos olhos. Um mergulho teórico profundo para entrever a realidade da conexão ideológica que o arcebispo polonês apontou sequer se faz necessário. A premissa comunista do igualitarismo total como meta, bem como a noção de que a “família burguesa” reproduz a desigualdade ou, no neomarxismo freudiano, de que uma normatividade sexual pró-criadora e bem ordenada seria “repressora” e causadora de incontáveis males inclusive socioeconômicos já explicitam de forma inequívoca o caráter congênere do gayzismo e do socialismo marxista. Boa parte do universo conceitual “homoafetivo” e dos seus clichês de autojustificação e autopromoção denunciam o parentesco com Marx e sua descendência.

Este nexo foi bem explicitado, ainda, no artigo do professor Daniel Scherer recentemente aqui publicado. Nele estão expostas as pretensões de transformação sociocultural pela via da liberação sexual preconizadas pelo revolucionário filósofo marxista Herbert Marcuse, um dos expoentes da chamada Escola de Frankfurt.

Entretanto, a matéria da Reuters em nenhum momento põe em questão o viés totalitário do gayzismo militante ou o crescente lobby gay que segue se impondo nos governos e em diversas outras instituições, sem poupar, infelizmente, sequer a própria Igreja. Esta lobby atua de forma inclusive antidemocrática, muitas vezes, como nos casos em que pretende proibir, por força de lei, que pessoas com AMS (Atração pelo Mesmo Sexo) voluntariamente façam algum tratamento para adequarem a sua sexualidade interna à sua realidade biológica (ou que psicólogos e psiquiatras ofereçam esse tipo de terapia). Isto sim configura, claramente, uma quebra de direitos, uma violação de liberdades democráticas fundamentais! 

O artigo tampouco discute os frequentemente reprováveis métodos de propaganda e recrutamento LGBT que se alastram vorazmente não só pela Europa, mas por todo o Ocidente. No Brasil já tivemos diversos exemplos de como a militância do arco-íris pode ser intrusiva e abusiva de diversas maneiras.

O artigo reproduzido por O Globo ainda comemora supostos sinais de queda da popularidade da Igreja Católica na Polônia, só faltando fazer votos de que ela acabe por completo. Os autores parecem acreditar que, em nome da tolerância, as reservas e advertências da Igreja em relação aos assaltos da onda arco-íris não devem ser toleradas. Mas isso, claro, não é intolerância. Intolerância é incomodar a política expansionista impositiva e a agenda abusiva dos grupos de pressão LGBT.

Citando uma socióloga da universidade de Varsóvia, a matéria sugere que a Igreja estaria usando uma tática errada no intuito de manter sua popularidade, apostando numa “estratégia de fortaleza sitiada”, encastelada contra os ditames do mundo. Tal tática, porém, estaria sendo ineficaz porque isso “só funciona quando a fortaleza é grande”. Nota-se aí a recorrente prática da mídia de distorcer as intenções dos seus desafetos para fazê-los parecerem mesquinhos e interesseiros aos olhos do público.

Se procurasse entender as preocupações genuínas da Igreja e do governo da Polônia, a imprensa liberal problematizaria igualmente a influência da militância gay sobre as crianças e os adolescentes que muitas vezes são, para ela, presas fáceis através das mídias e dos programas que lhes são atraentes. São consciências ainda em formação, intelectos indefesos vistos como um ingênuo público cativo a ser doutrinado e formatado nos bancos escolares para seguir bovinamente a cartilha progressista e concordar com todas as premissas liberais sem questionamentos; massa moldável à disposição da militância nas instituições de ensino.

Diante desta realidade gravemente nociva aos menores, é perfeitamente compreensível que o clero polonês procure se somar aos esforços do governo local para combater a influência de pervasivos grupos LGBT sobre os jovens sobre e a cultura geral do país. Até porque o papel dos pastores católicos é justamente zelar sobretudo pela saúde espiritual e psíquica do seu rebanho. É dever deles (e nosso) resistir e combater contra as modas corruptoras deste mundo, embora no Brasil haja não poucos bispos, sobretudo os mais alinhados com a CNBB, que pareçam ter se esquecido deste seu sagrado dever. Diante de um mundo cada vez mais confortável materialmente e cada vez mais miserável espiritualmente, recordemos sempre as palavras do apóstolo:

 “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” Carta de S. Paulo aos Romanos XII, 2

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