Conteúdo do Artigo

Últimos Artigos

Análise da outra bolha, a bolha laxista
Morre dom José Luís Azcona, bispo emérito do Marajó
A situação da Igreja Católica na Itália: Um quadro sombrio com um raio de esperança
Padre Chad Ripperger e os ataques histéricos e desonestos de Mike Lewis
É o Catolicismo Tradicional o grande problema?

Categorias

Colunas

Aulas/Vídeos Recentes

A Arte Barroco-Guarani como refutação à Neomissiologia

Arte barroco-guarani feito por mãos indígenas que foram convertidas por jesuítas e franciscanos no Paraguai
Arte barroco-guarani feito por mãos indígenas que foram convertidas por jesuítas e franciscanos no Paraguai

Em artigo anterior foi ressaltado os pressupostos teológicos da Neomissiologia, a raiz teológica por trás do Sínodo da Amazônia. Tal engodo ideológico vira pó diante do Evangelho, de Nossa Senhora de Guadalupe e dos exemplos dos Santos. E para ilustrar mais ainda a questão, tomemos o exemplo da arte Guarani-Barroca para tornar ainda mais visível e concreta a questão.

A foto em questão foi tirada por um amigo do Instituto Santo Atanásio em visita a uma igreja no Paraguai. Trata-se de uma arte guarani-barroca feita por índios que foram convertidos por missionários jesuítas e franciscanos. Nada mais ilustrativo para visualizar os falsos pressupostos da neomissiologia.

Prega a neomissiologia, conforme escrito em artigo anterior, que

Os índios não precisam ser convertidos a Cristo e batizados; a salvação deles já estaria garantida pelo seu próprio modo de vida ecológico e coletivista (…) [Assim] tentar convencer os índios a abraçarem os princípios do Evangelho seria até mesmo uma forma de “violência” contra essas culturas que, para eles, devem ser preservadas intactas a todo custo! [Consequentemente, os neomissionários] defendem que suas culturas e costumes permaneçam intactos, mesmo aqueles costumes pagãos mais violentos, desumanos e ofensivos a Deus.

Tal camisa ideológica quer prender os índios em sua cultura pagã, considerando qualquer trabalho de conversão como algo absurdo ou inglório, pois ou há equivalência cultural ou a cultura indígena seria superior.

Todavia, conforme podemos observar pela imagem que ilustra este artigo, a arte barroco-guarani torna nítido aquilo que a Teologia Católica, alicerçada nas Sagradas Escrituras, Tradição e Magistério, sempre sustentou: o índio é um ser humano e, portanto, foi criado à imagem e semelhança de Deus. Uma vez batizado também eles terão participação na graça santificante, que os torna semelhantes a Cristo. A partir da graça santificante impressa pelo batismo, tornam-se filhos adotivos de Deus por Participação. E, assim como acontece com qualquer outro homem, as graças enviadas por Deus não contradizem a natureza humana, mas aperfeiçoa e eleva, possibilitando um caminho de santidade. Em resumo: quanto mais santo, mais humano, sendo o caminho de santidade iniciado pelo sacramento do Batismo.

E o que é esta arte do nosso artigo senão a evidência concreta de que a graça aperfeiçoa a natureza e a eleva? Sendo homem, os índios são capazes de produzir arte; sendo católicos, deiformados pela graça santificante, são capazes de produzir artes que elevam nossas bênçãos a Deus. Não se trata apenas de beleza e técnica de manejo. Na vida da graça, o católico, dócil à vontade de Deus, consegue alcançar fins sobrenaturais, aproximando-se de Deus.

Estando a arte intimamente relacionada com a cultura, quando é agraciada pela fé eleva-se e aprimora-se, torna-se mais aprazível a Deus, mais transcendente. Sendo assim, o barroco-guarani mostra que a ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo de Batizar e Pregar o Evangelho a todas as criaturas é verdadeira e que, portanto, a conversa da neomissiologia é balela. Nada neste mundo traz mais dignidade ao homem do que a Vida da Graça. E como não poderia deixar de ser, a arte reflete justamente isso.

Compartilhar

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Seja Membro Patrocinador

Cursos Exclusivos | Acesso a Artigos Restritos |
eBook/Leitura (Em breve) | Desconto na Loja

Assinatura Anual:
R$ 119,90
(R$ 10,00 por mês)

Assinatura Semestral:
R$ 89,90
(R$ 15,00 por mês)

Picture of Augusto Pola Júnior

Augusto Pola Júnior

Vice-presidente do Instituto Santo Atanásio, seu maior interesse de estudo é psicologia (em especial a tomista) e espiritualidade. Possui especialização em Logoterapia e Análise Existencial e em Aconselhamento e Orientação Espiritual.
Todos os posts do autor
Cuties, série Netflix
"Cuties" e a agenda da sexualização precoce
A Netflix estreou um novo filme, Cuties (“lindinhas”), que se enquadra muito bem na cultura de sexualização...
Dickens - Tempos difícies - 35 faces de expressão
A quem seguir nos tempos atuais?
– “Tempos difíceis”, chamava Santa Teresa em relação aos seus – disse João, enquanto...
Sagrado-Coracao-de-Jesus-Anjos-e-Santos
Senhora de Angelis e a recompensa do Sagrado Coração de Jesus na hora da morte
Se queremos saber como Nosso Senhor se digna recompensar, na morte, aqueles que amam seu Divino Coração,...
Ide a São José
Apenas um esposo e pai de família? São José e o corrente culto à vocação leiga
“O maior santo que já viveu não era diácono, nem padre, nem bispo, nem papa, nem eremita, nem monge…...
Dom Henri de Belzunce durante a peste de Marselha - Nicolas Monsiau (1754 – 1837)
O Sagrado Coração de Jesus e a vitória sobre a peste em Marselha
Como dizia Cícero em Sobre orador, “a história é luz da verdade, vida da memória e mestra da vida”;...

Comentários

Deixe um comentário

Search

Últimos ISA Cursos

I Seminário de Psicologia Tomista do Instituto Santo Atanásio
Curso - A Mística do Templo na Espiritualidade Beneditina
Curso Mistagogia Cristã - Instituto Santo Atanásio - ISA MEMBROS
ISA-Notícias-&-Lives-2024
ISA-Palestras-2024
Carrinho de compras