Neste domingo (16), uma menina de apenas 10 anos, violentada pelo tio, no Espírito Santo, deixou o estado para realizar o procedimento em Pernambuco, acompanhada de um familiar e de um assistente social. Chama a atenção a circunstância do caso, uma vez que a gestação já se encontra avançada, com quase 6 meses, sendo inclusive, possível identificar que se trata de um bebê do sexo feminino.
A criança chegou a ser internada no Hucam, em Vitória, mas a equipe médica do Programa de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (PAVIVI) se recusou a realizar o procedimento por não estar amparado na legislação vigente, considerando o estágio avançado da gravidez. Deve-se lembrar ainda, que um aborto em tal fase gestacional, é de um risco extremo para a gestante; risco este potencializado pela idade da criança.
O juiz da Vara de Infância e Juventude, Antonio Moreira Fernandes, ordenou o aborto, atendendo ao pedido do Ministério Público Estadual. A decisão foi tomada pautando-se na Norma Técnica de Atenção ao Abortamento Humanizado de 2005, editada e aprovada pelo Governo Lula, o qual permite o aborto em qualquer fase, bastando para tanto, a declaração da mulher de que a mesma tenha sofrido violência sexual. Imediatamente, a criança foi escoltada por ideólogos defensores do aborto que intermediaram o procedimento em outro Estado, garantindo todos os recursos com grande disposição e agilidade.
Alguns médicos se colocaram à disposição da família para realizar o parto da criança e oferecer todo amparo à mesma diante da situação, para evitar o aborto e suas terríveis conseqüências, o que infelizmente não foi atendido.
Método de abortamento
Nesta manhã do dia 17, foi informado que infelizmente o procedimento se realizou, de forma cruel: guiado por ultra-som, o médico que aceitou matar o bebê fez injeções de cloreto de potássio no cordão umbilical que chega ao coração e causou a parada cardíaca no coração já bem desenvolvido da bebezinho.
A morte neste caso é muito dolorida. Para se ter ideia, procedimento semelhante é usado na eutanásia de animais (que não são seres humanos) e que recebem anestesia profunda primeiramente, o que não acontece com os bebês abortados.
Consequências
Esta pobre criança já sofrera uma violência enorme com os estupros. Agora soma-se a isso o trauma pós-aborto que irá carregar para o resto de sua vida. E o procedimento não parou com o abortamento de seu bebê. Ela vai precisar “dar à luz” ao bebê morto, induzida por medicação. Em todo este processo há muitos riscos, desde a perda de seu útero, os traumas pós-aborto e até mesmo sua morte.
Negligenciando todos os riscos inerentes ao procedimento, e considerando que tanto no Espírito Santo quando em Pernambuco os médicos se recusaram a realizar o aborto pelo grave risco, os movimentos que lutam pelo aborto conseguiram providenciar um médico para levar a cabo o procedimento. Essas mesmas pessoas, que muito provavelmente jamais oferecerão amparo à criança vítima do abuso e agora, deste trauma decorrente do aborto, uma vez que seu interesse restringe-se apenas à gerar polêmica para ampliar flexibilizar as leis punitivas do procedimento no país.
Caso similar
O caso em tela é muito parecido com aquele que ocorreu em 2009, em Alagoinha/PE com uma criança da mesma idade e que realizou um aborto nas mesmas circunstâncias e no mesmo centro, o CISAM. Na época, a ação da ONG defensora do aborto Curumin possibilitou a realização do aborto em hospital, diferente daquele onde a menina fora atendida inicialmente (Instituto Materno Infantil), apesar da recusa do pai e da ação do clero local, inclusive com advogados, para impedir o procedimento.
Assim como no caso de Alagoinha, os defensores do aborto gostam de explorar casos trágicos assim para tentar impor na opinião pública a necessidade da legalização do aborto, em todos os casos e idades do nascituro.
Há que se lembrar que recentemente o movimento pró-vida do Brasil alertou para o fato de que legislações que permitem a realização do aborto financiado com recursos públicos, e intermediado por ONGs abortistas em locais sigilosos, estão sendo votadas no Congresso, tendo como justificativa o aumento de violência contra a mulher no âmbito do isolamento social, devido a pandemia do novo Coronavírus, o que ficou chamado de abortoduto (saiba mais sobre o abortoduto AQUI).
Ponto de vista cristão
A situação que ocorreu com esta menina é um drama muito grande, tanto para ela quanto para os seus familiares. Diante do drama, a resposta deve ser a solidariedade e o amor, sempre segundo a verdade e na defesa da vida. O aborto nunca é uma saída correta para um drama, pois, além de matar uma vida, deixará outra ainda mais sequelada. Pelo aborto, um drama torna-se uma tragédia.