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Banco fez anúncio com símbolos da besta e do controle mundial?

Por Luiz de Moraes

Lançado há poucos dias, o novo anúncio de um certo banco traz símbolos pensados para impactar: o famoso “grande olho que tudo vê” (associado à maçonaria e ao Big Brother orwelliano, isto é, ao controle total das massas pelo “sistema”) aparece mais de uma vez na peça publicitária, além de um QR Code tatuado no braço de um rapaz que fez muita gente ver “a marca da besta” e outras referências que assombraram muitos conservadores.

No entanto, avalio que se trata, no máximo, de um repeteco do truque publicitário usado por outras grandes corporações que inserem iscas na forma de imagens ou mensagens pouco consensuais e às vezes até chocantes no anúncio para gerar falatório em comentários e vídeos de terceiros polemizando, e com isso ganhar mais um monte de views, mais publicidade gratuita e, depois, mais clientes e mais dinheiro.

Graças às “marcas da besta” inseridas no tal anúncio, ele já teve mais de 10 milhões de views. Muitos publicitários têm constatado que esse é um método que nunca falha: fazer o anúncio ser criticado ou comentado por causa de polêmicas, alusões obscuras ou “lacrações” é certeza de sucesso para a marca. E eles sabem que, em se tratando de publicidade, vale muito o “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”. E talvez nem se trate exatamente disso no comercial do referido banco, mas a celeuma pelo menos nos dá ensejo para discutir as verdadeiras “capirotagens” muitas vezes presentes nas propagandas e nas políticas dessas companhias. E, sobre isso, nós certamente precisamos falar. 

É fato que a elite financeira globalista não esconde mais que um dos seus objetivos é o controle totalitário das consciências individuais – claro, sempre com propósitos muito humanitários, como para “impedir a discriminação”, “promover direitos”, “garantir a segurança e o bem estar de todos”, etc. Sob tais pretextos, acabam impondo uma espécie de autoritarismo mercadológico e tecnocrático progressista, um impositivo ativismo do capital que nunca foi tão poderoso, pois os executivos das grandes corporações (aquelas das quais você compra alegremente) dominam amplas fatias do mercado, em muitos casos detendo quase o monopólio de segmentos inteiros, e são quase todos progressistas extremamente ambiciosos querendo não só enriquecer cada dia mais, mas também promover mudanças sociais abrangentes que implicam em extirpar vários valores tradicionais da face da terra, inclusive muitos daqueles pelos quais prezamos*. 

Ninguém ignora que o poder econômico produz mudanças culturais e às vezes até favorece verdadeiras obras de engenharia social tanto ou eventualmente até mais que o poder político e os intelectuais, artistas, professores, influenciadores famosos, etc.

No setor público, os que detém os meios de poder do Estado não hesitam em impor desde a censura contra discursos “politicamente incorretos” e o cerceamento da livre circulação de informação até a perseguição aos seus críticos, como fazem os ministros do STF e vários outros juizões e mandachuvas de instituições públicas como as universidades federais, por exemplo.

Já o grande capital privado se vale, por um lado, da popularidade dos seus produtos e marcas consolidados e dominantes no mercado para estimular comportamentos e ideias tão ousadas quanto antinaturais e nocivos – sem se importar se tais ideias e comportamentos poderão afetar negativamente as vidas dos indivíduos e esgarçar o tecido social no médio e longo prazo – e, por outro, tem feito até a apologia explícita de um amplo controle ideológico e comportamental da população (“para o seu próprio bem”), como temos visto nessa pandemia. (Mas isso, claro, só da parte daquelas marcas que dominam o mercado online ou que vendem muito no privilegiado grupo dos “serviços essenciais”.) 

Este último que tem sido claramente o papel principalmente da grande mídia, seus “especialistas” pandeminions e suas agências de checagem, bem como das redes sociais, suas políticas internas, seus censores e seus algoritmos, além, é claro, das últimas campanhas publicitárias “purple” e “rainbow” das grandes corporações nacionais e multinacionais.

A julgar pelo andamento das coisas, nós estamos, de fato, em uma contagem regressiva para uma nova ordem. Talvez não a do Anticristo ainda, mas certamente de um estado de coisas no qual a única liberdade possível não irá muito além de uma reles licença para fazer sexo com quem (ou o que) você quiser, independente da idade, do vínculo de sangue ou até da espécie biológica do “parceiro”, e de escolher uma entre algumas opções políticas praticamente idênticas do ponto de vista ideológico (only liberals allowed) ou optar por produtos de marcas distintas só na aparência, pertencentes todas ao mesmo conglomerado empresarial. Assim, a tendência é que o cerco vá se fechando e nós sejamos cada vez mais sitiados, encurralados e acossados por eles.

As cadeias de controle, contudo, continuarão em grande medida invisíveis e serão até muito confortáveis para todas pessoas que cometem o fatídico erro de identificar liberdade com prazer. Antigos autores de abalizado conhecimento e autoridade, como o Padre F. William Faber, cuja obra O Santíssimo Sacramento será em breve lançada pela editora do Instituto Santo Atanásio, diziam que a liberdade real só se obtém como fruto da alegria espiritual na realização do bem, enquanto que esta alegria, própria dos santos, só é alcançada pelo caminho da ascese e da mortificação dos impulsos autodestrutivos.

Mortificação e alegria espiritual: não há outro meio para se chegar à liberdade.

Mas o que as grandes marcas têm promovido é o oposto: a supremacia dos impulsos escravizantes. E eventualmente têm procurado até impô-los como norma geral.

Assim, o único jeito de sobrevivermos culturalmente aos tempos ainda piores que se avizinham, de império absoluto de pagãos cada vez mais poderosos (e cada vez mais pagãos), cumpre não só parar imediatamente de consumir os produtos, serviços e marcas que servem àqueles projetos de homogeneização ideológica – até porque muitas vezes são produtos pouco saudáveis ou de má qualidade mesmo, apesar da fama de suas marcas -, mas sobretudo procurar difundir os princípios católicos autênticos por todos os meios ao nosso alcance, sobretudo pelo nossos modos e testemunho de vida, mas também falando diretamente às pessoas, motivando-as a duvidar dos clichês modernos, apoiando iniciativas de restauração das nossas raízes e, no caso dos jovens, formando novas famílias culturalmente sadias e livres daquelas influências.

Por fim, fica o apelo para que, daqui em diante, cientes dos truques publicitários por trás deles, consideremos a opção de simplesmente ignorar as excentricidades e os “sinais do anticristo” nos anúncios dessas “purple companies“, ou pelo menos nos limitemos a discuti-los em âmbitos mais reservados e sem alarde, a fim de não servirmos ao nosso adversário e sermos usados por ele sem nem nos darmos conta.

*PS: Sobre isto, recomendamos também a matéria do Leonardo Desideri para a Gazeta do Povo intitulada Não é só o Magazine Luiza: lobby da diversidade invadiu empresas.

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