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Devemos aceitar a atual condição da liturgia como penitência?

Reforma Litúrgica: Abertura para infinitos abusos litúrgicos

No livro “The Pope the Concil and the Mass“, James Likoudis e Kenneth D. Whitehead respondem objeções tradicionalistas à Reforma Litúrgica. Eles reconhecem a crise litúrgica, a realidade dos abusos sem controle, mas dão o estranho conselho espiritual de que os fiéis devem aceitar a atual condição da liturgia como uma penitência:

“Mas diante de tudo isso, como diante de outros problemas que sempre nos confrontarão nesta vida, Cristo ainda nos pede fé – e ainda nos pede para tomarmos a nossa cruz até no que diz respeito à liturgia, se isso é o que está envolvido… Na prática, isto significa seguir o Papa e o Concílio, mesmo que isso signifique um sofrimento para nós.”

Na época que o livro foi escrito (1981) não havia qualquer panorama de maior liberalização da Missa Tridentina. Então, o que os autores estão dizendo é basicamente o que se diz hoje pós-Traditiones Custodes: que não se deve examinar os frutos de nada, mas simplesmente “seguir em frente” porque a atual realidade litúrgica é o que “quer” o Concílio.

É um pseudo-conselho espiritual travestido de piedade filial, porque é evidente que os fiéis podem solicitar aos pastores que revisem decisões sobre a liturgia, tal como fizeram vários partidários do Movimento Litúrgico, se for manifesto que as coisas saíram do prumo. Este exame de consciência das próprias ações é um imperativo da prudência sobrenatural, como bem ensina o Pe. Chad Ripperger em “Limits of Papal Authority over the Liturgy“, e não pode ser negligenciada. A missa não deve ser uma penitência/tortura para nenhum fiel.

“Uma vez ocorrida uma mudança litúrgica, o Magistério tem a obrigação, sob prudência, de praticar a solicitude, na qual vigia o modo como as coisas progridem ao longo do tempo no que diz respeito à mudança litúrgica. Em circunstâncias normais, se a mudança litúrgica for introduzida observando todos os princípios que deveriam reger a mudança litúrgica, é provável que não haja quaisquer efeitos prejudiciais a longo prazo. No entanto, se for descoberto que uma mudança litúrgica, ou um conjunto de mudanças litúrgicas, causa danos ao bem da Igreja, evidenciado pelo declínio drástico na frequência à missa, erros de fé nas pessoas, declínio da virtude no clero, etc., então essas mudanças teriam que ser consideradas seriamente para serem anuladas. O Magistério deve ter desapego de quaisquer mudanças realizadas, para que se possa dar um olhar honesto e objetivo às mudanças. Incapacidade de admitir o erro ou que alguém está errado em relação às mudanças litúrgicas propostas é uma falta de humildade.” (p. 147)

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