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“Pastora” abortista dá as cartas na Campanha da Fraternidade 2021

Por Luiz de Moraes

Diz-me com quem andas e eu te direi quem és”, ensina um adágio dos tempos da zagaia. Se nós o levarmos a sério e verificarmos com quem a CNBB tem “andado” para nos enfiar goela abaixo mais uma edição da patuscada socialista intra-quaresmal conhecida como “Campanha da Fraternidade”, diremos certamente que, a julgar pelo Texto-base da CF 2021 e pelas pessoas que o compuseram, a nossa mal afamada Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está de mãos dadas com toda a agenda revolucionária globalista e os projetos da extrema-esquerda que anseiam por instaurar no Brasil um regime liberal-socialista, partidário de um “progressismo” totalitário e da demoníaca cultura da morte (mas tudo pelo bem das “minorias”, é claro).

Como já denunciamos em nossa live do dia 29/01 (intitulada Campanha da Fraternidade 2021: Este ecumenismo é Católico?), está à testa da CF 2021 – que esse ano é organizada por uma gerigonça herética chamada CONIC – uma espécie de “Márcia Tiburi” metida a sacerdotisa!

Sim, neste ano a CNBB não vai se contentar em perturbar de novo as nossas tentativas de oração e meditação quaresmais, mas também tentará nos fazer apostatar da fé católica integral – afirmando que todas as crenças são igualmente boas e agradáveis a Deus – e aceitar o credo relativista da “pastora” revolucionária Romi Márcia Bencke.

(Que eu saiba, a função de “sacerdotisa” jamais existiu no cristianismo autêntico, sendo uma grosseira distorção do Evangelho aos olhos dos legítimos discípulos de Jesus e uma característica exclusiva de supersticiosas seitas pagãs.)

Pois é, os mais poderosos e influentes “bispos do Brasil” confiarão as almas do seu rebanho, durante todo o período quaresmal, a uma sucessora do heresiarca Lutero, a uma mulher que consegue ir além das crassas falsidades teológicas propaladas por seu excomungado pai-fundador e se arvora em um tipo sacerdotisa “cristã”.

Altear - Contabilidade Consultiva
Romi Bencke

Romi Márcia Bencke é secretária-geral da estrovenga chamada CONIC (Conselho Nacional de “Igrejas Cristãs”, como se fosse possível Cristo ter fundado mais do que uma só Igreja).

A lacradora gaúcha de ascendência alemã assina a Apresentação do Texto-base da CF 2021 e também contribuiu substancialmente para a redação dos capítulos que compõem o documento, que norteará toda a campanha.

Avaliando o histórico de militância de Bencke, notamos que ela deixa no chinelo o próprio Lutero em suas pretensões de desconstrução sociopolítica, moral e religiosa.

(Creio até que a “pastora” deva possivelmente sonhar em ser reconhecida como uma espécie de Rosa Luxemburgo das terras brasílicas ou coisa parecida.)

De cara, o currículo dessa espécie de “Maria do Rosário” auto-clericalizada já assusta! Com uma breve pesquisa no Google, o leitor descobre que a agenda dela tem incluído: 

1) Propostas de instrumentalizar os meios religiosos a fim de fazer avançar a legalização do assassinato de crianças em gestação (aborto),

2) Conchavos em torno de um lobby pseudo-“cristão” para pressionar autoridades pelo impeachment de Bolsonaro, fingindo que há muitos “evangélicos” que o querem fora da presidência,

3) Estímulos à dissolução até da mais remota afirmação dogmática cristã em favor de um relativismo irenista total

4) Defesa e discussão de estratégias de aplicação da ideologia de gênero!

Com uma articuladora dessas, não espanta que até o lema da CF 2021 (tirado de Ef 2, 14) seja uma descarada traição à verdadeira intenção do apóstolo São Paulo ao escrever a Carta aos Efésios, como já expomos na referida transmissão online.

Por certo, o grande “apóstolo dos gentios” jamais defendeu uma “pluralidade” de crenças cristãs contraditórias ou uma “unidade na diversidade” (a não ser, é claro, quando se trata dos carismas e modos de serviço na Igreja, mas nunca dos artigos da Fé, que devem ser sempre professados de forma unívoca).

O santo apóstolo que é impropriamente referido no lema desta campanha irenista e lastimavelmente apóstata nem parece aquele mesmo que escreveu à comunidade dos Gálatas:

Estou admirado de que tão depressa passeis daquele que vos chamou à graça de Cristo para um evangelho diferente. De fato, não há dois (evangelhos): há apenas pessoas que semeiam a confusão entre vós e querem perturbar o Evangelho de Cristo. Mas, ainda que alguém – nós ou um anjo baixado do céu – vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema. Repito aqui o que acabamos de dizer: se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja ele excomungado! É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo.” (Gálatas 1, 6-10)

São Paulo Apóstolo

A julgar por essas fortes palavras, o que será que este valoroso apóstolo diria da proposta espúria e execrável da “sacerdotisa” revolucionária de “superar o exclusivismo das identidades confessionais” (isto é, negar a nossa identidade religiosa), como ela deixa explícito logo na Apresentação do Texto-base?

Que diria ele, ou o próprio Jesus, dos ataques proferidos no Texto-base contra os piedosos fiéis que reclamaram o seu legítimo direito aos serviços essenciais dos sacramentos e à Santa Missa quando, sob o pretexto dessa pandemia repleta de politicagens, imbróglios e orientações ridículas ou contraditórias, muitos bispos e párocos resolveram fechar igrejas, negar os sacramentos e até proibir o culto público ao qual o povo fiel e Deus mesmo têm direito!?

Será que o fidelíssimo São Paulo concordaria com a filha abortista de Lutero no parágrafo em que ela cita astuciosamente a Laudato Si do Papa Francisco e, logo depois, enaltece os 500 anos da Deforma Protestante, um acontecimento que deflagrou uma lastimável divisão entre os cristãos e que deveria nos fazer antes chorar do que celebrar!?

Que diria ele, que declarou que, em Cristo, “já não há mais distinção entre judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher” (Gálatas 3, 28), do racialismo e do feminismo vitimista-separatista que é tão típico do discurso enganador dos partidos da velha esquerda e que impregna fortemente o “psolístico” Texto-base da CF?

Cartaz da Campanha da Fraternidade 2021

Enfim, acaso podemos imaginar o incansável Missionário dos gentios e intransigente Adversário dos vícios dando a sua anuência ao tom condescendente do Texto-base para com os praticantes da pérfida e totalitária ideologia LGBT, sendo que o Texto insinua até que tais praticantes estão sendo mortos por cristãos fundamentalistas e intolerantes (?) e não pelos riscos que aqueles mesmos assumem, por exemplo, ao se drogarem, se envolverem com criminosos e se prostituírem?

Seria plausível supor que São Paulo apóstolo faria eco a tais “dilmices” e “freixices”?

É evidente que não!

Diante de tantas arbitrariedades dos revolucionários que se valem da estrutura eclesiástica e abusam da fé popular para impor suas ideologias tortas, vemos bem por que razão São Pedro – este outro grande missionário de Cristo que estabeleceu em Roma a sede da Igreja e foi o primeiro Papa – admoestou-nos contra os falsos pastores e seus discursos dissimulados e perversos:

Assim como houve entre o povo falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos doutores que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. […] Muitos os seguirão nas suas desordens e serão deste modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado. Movidos por cobiça, eles vos hão de explorar por palavras cheias de astúcia. Porém, há muito tempo a condenação os ameaça, e a sua ruína não dorme.” (II Pe 2, 1-3)

Nosso Senhor, por sua vez, nos advertiu: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. Pelos seus frutos os conhecereis.” (Mt 7, 15s) E disse também: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós.” (Jo 15,4).

Jesus Sermão da Montanha

Por fim, eu gostaria de deixar uma cândida sugestão para os eminentes “bispos do Brasil” que chefiam a CNBB:

Já que os Srs. estão tão preocupados com o problema da “violência”, várias vezes citado no Texto-base (com referência inclusive a supostas “violências praticadas em nome de Jesus”, das quais eu, sinceramente, nunca ouvi falar), poderiam os senhores tratar, na próxima Campanha da Fraternidade (já que teimam em manter esse estorvo nas nossas Quaresmas), sobre a violência real que padecem os nossos irmãos cristãos nos países islâmicos e comunistas, como na Síria, na Nigéria, na China, na Coreia do Norte e em tantas outras partes onde imperam essas doutrinas macabras com as quais os Srs. às vezes parecem ser até inexplicavelmente simpáticos!

O sofrimento dos cristãos perseguidos inclusive se incorpora perfeitamente à meditação nos sofrimentos do Senhor, uma vez que tanto aqueles como Este vieram a sofrer por causa da Verdade heroicamente professada, e não pelos sincretismos e mundanismos das ideologias que até na Igreja tentam nos impor nestes infaustos dias!

Ou por que não fazem uma campanha atacando os terríveis vícios que grassam nestes dias de tão difundindo hedonismo liberal e que atormentam e arruínam as vidas de tantas pessoas, levando inclusive uma multidão de jovens à morte todos os anos em overdoses, homicídios por dívidas ao tráfico, acidentes de carro, DST’s, suicídios e tantas outras misérias?

Por caridade, deixem o “Amazoniza-te” um pouco de lado e pensem com carinho nessas sugestões, senhores bispos.

Que tal abraçar o Catoliciza-te! daqui em diante? Já passou da hora de os Srs. catolicizarem essas campanhas venenosas ou aboli-las de vez!

Dom Walmor

Quem sabe, assim, Deus não lhes perdoa o injustificável e obstinado desprezo para com a salvação espiritual do rebanho que lhes foi confiado!?

E você, fiel católico, pense bem se vale realmente a pena contribuir de qualquer forma com essa mórbida campanha que parece ter sido planejada nos próprios laboratórios do Inferno!

Lembre-se que, sobretudo no Domingo de Ramos, todo o dinheiro arrecadado nas paróquias será para a tal “Coleta Nacional da Solidariedade” e servirá para financiar projetos alinhados com esta CF irenista e subversiva. Reflita bem sobre se convém a nós, católicos fiéis a Jesus Cristo, dar a nossa contribuição a essa pestilência espiritual chamada relativismo!

Sigamos, em vez disso, o exemplo dos grandes santos que, ao contrário do que prega a CF, procuraram dar testemunho de leal catolicismo e converter os incautos que estavam nos erros das seitas e das heresias, como São João Henry Newman, que atraiu consigo muitos da seita anglicana para a Fé católica, ou São Francisco de Sales, que converteu milhares que estavam nas trevas do calvinismo, ou ainda São Roberto Belarmino, que trouxe à Verdade muitos que jaziam em várias facções heréticas!

São Francisco de Sales

Viva Cristo Rei e Sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria!

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