O presidente da França, Emmanuel Macron, surpreendeu com suas falas durante a Conferência Episcopal Francesa a respeito de reparar o elo entre a Igreja Católica e o Estado Francês. Essa notícia traz espanto, uma vez que a França, primeira filha da Igreja, também foi a famosa protagonista da Revolução (Revolução Francesa) onde os ideais maçônicos do liberalismo foram promulgados com a finalidade de separar a Igreja do Estado em favor de uma liberdade religiosa indiferentista, o que na prática significou colocar o Estado acima da Religião e, portanto, o secularismo acima da fé.
Atualmente a França sofre risco de extinção por conta da imigração e crescimento do Islamismo. A julgar pelo romance Submissão de Michel Houellebecq é questão de décadas para o Islã obter o poder político no país com precedência do domínio cultural. O então Papa Bento XVI também alertava sobre esse risco, destacando que pelo fato do Islã não conciliar fé e razão, a mudança da cultura européia seria precedida por violência. Profético também foi o tão amado por uns, odiado por outros, Dom Lefebvre. Já em 1989, o arcebispo via nos guetos em formação o prelúdio da invasão Islâmica.
Seja por oportunismo político ou não, o fato é que Marcon discursou sobre realidades contrárias aos ideais liberais da Revolução Francesa. Parece que a França finalmente começou a enxergar as dores consequentes da iniquidade de sua maçônica revolução. Segue abaixo o artigo do Blog Católicos Romanos:
Presidente da França aos Bispos: A França necessita da Igreja
No último 09 de Abril, durante uma reunião com a Conferência dos Bispos franceses, o Presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que esse País exige a contribuição da Igreja Católica na sociedade, e evidenciou a necessária reparação do elo entre a Igreja e o Estado.
Emmanuel Macron declarou: “E se estamos aqui, é indubitavelmente porque compartilhamos um sentimento confuso de que o vínculo entre a Igreja e o Estado se deteriorou e que é importante para nós e para mim consertá-lo (..) Para fazer isso, não há outro caminho a não ser um diálogo (…) este diálogo é indispensável e se eu tivesse que resumir meu ponto de vista, eu diria que uma Igreja que finge ser desinteressada em assuntos temporais não cumprirá sua vocação; e um presidente da República que afirma ser desinteressado na Igreja e nos católicos fracassariam em seu dever”.
Juntando à isso, o Presidente francês evocou a morte do policial católico, Arnaud Beltrame, que foi assassinado por um terrorista no último 24 de Março, após entregar-se livremente no lugar de um refém.
Também declarou que: “Sim, a França foi fortalecida pelo compromisso dos católicos”, lembrando-se também de Santa Joana d’Arc e do Padre Jacques Hamel, assassinado por um terrorista do Estado Islâmico quando celebrava uma missa em Rouen, em julho de 2016.
Continuou: “Dizendo isso, não estou errado. Se os católicos quiseram servir para fazer a França crescer, se aceitaram morrer, não é apenas por causa de seus ideais humanísticos, nem apenas por causa de uma moralidade judaico-cristã secularizada. É também porque eles foram encorajados por sua fé em Deus e sua prática religiosa”.
Macron afirmou que não pretende eleger um credo para a república, mas destacou que “cegar-me voluntariamente à dimensão espiritual que os católicos investem em suas vidas moral, intelectual, familiar, profissional e social, seria condenar-me a ter uma visão parcial da França; seria desconhecer o país, sua história, seus cidadãos e, gerando a indiferença, derrogaria minha missão. E não tenho indiferença à respeito a nenhuma das confissões que hoje estão em nosso país”.
O Presidente comentou acerca das raízes cristãs da Europa, que não leva isso como algo importante, mas que importante “é a seiva. E estou convencido de que a seiva católica deve contribuir uma e outra vez à vida de nossa nação”.
Como esperado, esse discurso inflamou a ira da esquerda francesa e dos setores que promovem o aborto, casamento gay dentre outras pautas maquiavélicas, que acusaram Emmanuel Macron de violar a lei francesa de 1905 que declara que a França é laica e não prevalece nenhuma religião.
É óbvio que não só o presidente mas inúmeros outros personagens estão vendo estarrecidamente a decadência da França com sua promoção sobretudo do Islamismo. Lembremos que a Santíssima Virgem Maria apareceu na França inúmeras vezes, para alertar aos franceses da necessidade de conversão. Por nosso lado, rezemos para que a França um dia possa ser novamente aquela filha primogênita da Santa Igreja de séculos atrás que, por hora, jaz nas trevas.
Notas: com informações de ACIprensa.