Está tramitando no Senado brasileiro um projeto de lei que irá alterar de forma estrutural e definitiva o nosso país. Trata-se de um projeto de lei que determinará a vida civil dos brasileiros, dando seguimento a uma verdadeira revolução cultural marxista que está em curso no país desde a aprovação da Reforma Tributária.
Este projeto de lei institui, dentre outras bizarrices, a possibilidade de perda de guarda dos pais que praticarem “violência psicológica” contra os filhos. Tal expressão genérica não foi pré-definida, atendendo a especificidade dos conceitos genéricos instituídos pelos Códigos legais bolcheviques na URSS da década de 20 e 30, para incluir nos conceitos genéricos qualquer coisa que persiga opositores políticos, em especial, a perda de guarda para os pais que ensinem religião aos filhos. A simples integração do filho na catequese e uma reclamação deste filho à sua professora, por exemplo, abrirá caminho para um processo de perda de guarda por imposição, sem consentimento do menor, a uma “religião forçada”. Na mente dos marxistas, ensinar ao filho a religião dos pais é uma violência psicológica, e será motivo de destituição de guarda dos pais cristãos.
Aliás, a autonomia de jovens e adolescentes dá seguimento ao projeto iniciado no Manifesto Comunista, de Marx e Engels, de destruição do núcleo familiar, para impulsionar o caos social, e permitir o avanço das políticas que substituem o privado pelo público. O Código Civil Bolchevique, instituído com pressa em 1918 pelos comunistas, antes mesmo da instituição da Tcheka, a Polícia Politica, dá a dimensão da importância do assunto para uma engenharia social sem precedentes. O Comunismo precisa instituir o “novo homem” para possibilitar a implementação do poder único central, que irá gerir todos os aspectos da vida civil, substituindo o privado pelo público; não é mais o genitor o responsável pelos filhos, mas o aparato estatal, que irá interferir diretamente para “liberar” as crianças e adolescentes de toda intervenção paterna, o que inclui até a diminuição da idade do consentimento para a vida sexual. A revolução cultural chinesa foi justamente o julgamento de civis pela guarda vermelha, formada na maioria por adolescentes, que denunciavam os próprios pais ao poder revolucionário.
O Código Civil Bolchevique de 1918 instituiu o chamado “divórcio relâmpago”, ou a possibilidade de dissolução do casamento por apenas um cônjuge, que dava fim ao vínculo com apenas uma visita ao Cartório Civil, exatamente o que propõe o novo Código Civil brasileiro. Esta facilitação legislativa levou a sociedade russa a um colapso na época, resultando em milhares de órfãos, que perambulavam pelas ruas de Moscou, e que acabavam nas chamadas “creches brancas”, em que estas crianças eram educadas pelo Estado, em substituição ao poder familiar dissolvido, atingindo especialmente as classes menos favorecidas. A situação se agravou de tal modo que Stalin autorizou o fuzilamento destes menores, a partir dos 12 anos de idade, para “resolver” o grave problema urbano das gangues de crianças abandonadas. Mas a destruição da família sempre foi o objetivo do comunismo, visto que tal objetivo já vinha desde 1848 no já mencionado Manifesto Comunista.
Assim, o marxismo está sendo implementado no Brasil, na forma da revolução cultural legalmente imposta, de forma relâmpago pelo Congresso brasileiro, sem dar tempo da sociedade perceber a profundidade das mudanças em curso. Na maioria dos países civilizados, qualquer alteração no Código Civil é discutida por décadas, e aqui, foi permitida uma discussão silenciosa, não alardeada, de apenas duas semanas, para permitir o avanço do marxismo cultural de Gramsci sem que as pessoas dessem conta do que vem acontecendo. Somada esta iniciativa à Reforma Tributária, que institui o Poder Central comunista nas mãos da União, isolando Municípios e Estados do Poder de Tributar, e as recentes iniciativas de centralização da educação no governo federal, percebe-se que há uma revolução comunista em curso, que já está colocando em prática uma estatização central sem precedentes no nosso país. É preciso que cada um mobilize seu parlamentar, para impedir estas medidas, que modificarão de forma irremediável nossa nação. Que Deus tenha misericórdia de nós.