Os redentoristas em Nota oficial justificaram que a retomada da Capela São José seria destinada para outra “finalidade evangélica”. Não foi exposta qual seria essa finalidade. Portanto, até novas notícias, o fim do apostolado foi simplesmente porque os redentoristas quiseram. Se isso se confirmar, terá sido uma injustiça objetiva. Uma lei ou uma situação local não deve ser mudada a não ser que seja demonstrado que a nova lei ou situação trará benefícios equivalentes ou maiores ao bem comum.
A Capela estava abandonada e foi restaurada pelos fiéis da missa, que não só reformaram o prédio como também construíram um apostolado próspero. A justiça, portanto, reclamava que, ao invés do extermínio da comunidade local e do afastamento do padre que a conduzia, houvesse prévio diálogo e já fosse fornecido outro local de missa com a pronta aprovação do bispo e mantendo-se o mesmo pastor.
No entanto, na Nota Oficial, os redentoristas alegam que ainda indicarão novo local de missa e novo sacerdote. A Arquidiocese de Goiânia não assina a nota, ou seja, não confirma a garantia dos redentoristas, apenas alega que estuda, no momento, o que fazer com os fiéis. Ou seja, ela “vai ver”.
Possíveis repercussões:
- Ser, de fato, designado novo local e novo sacerdote;
- Ser designado novo local e novo sacerdote, mas aplicando-se a Traditiones Custodes com mais força, isto é, reduzindo a frequência da missas e impondo outras restrições;
- Não ser provisionado nenhum local e nenhum sacerdote. Neste caso, os redentoristas lavariam as mãos alegando que a decisão final foi da Arquidiocese.
Em todos os três casos não se reporá a justiça, porque (1) para ser designado novo sacerdote, para celebrar a missa tridentina, hoje, é necessária a aprovação do Discatério para o Culto Divino, que, até onde se sabe, está negando todos os pedidos; (2) a redução da frequência das missas significará enfraquecer um apostolado consolidado e próspero; (3) não ser provisionado nenhum local e nenhum sacerdote significará a destruição de um apostolado com todos os seus bons frutos.
Alguém duvida que estamos vivendo o momento mais draconiano do progressismo tanto dentro da Igreja quanto fora dela?