Há uma lista considerável de razões óbvias pelas quais nenhuma pessoa minimamente inteligente deveria comemorar esta data:
1) É endossada pela ONU e sua Comissão pró “igualdade de gênero e empoderamento das mulheres”, o que por si só já é um péssimo indício, dado o histórico de imposição desta entidade supranacional em relação, por exemplo, aos falsos “direitos sexuais e reprodutivos”.
2) Costuma ser aproveitada pela militância feminista para reclamar, entre outras pautas, o assassinato legal de crianças em gestação (vulgo “aborto”) e a subversão antinatural dos papeis sexuais (igualitarismo estúpido e altamente prejudicial às próprias mulheres).
3) Tem origem comunista. Movimentos de militância socialista-comunista e feminista de diversos países lançaram a data como bandeira ideológica no começo do século passado.
No longínquo ano de 1914, o 8 de março já era usado na Alemanha pelos socialistas para reivindicar o voto para as mulheres – algo que, hoje, há quem questione se realmente foi uma boa ideia, uma vez que as mulheres são naturalmente mais influenciáveis por narrativas emotivistas e falácias ideológicas.
Em 8 de março de 1917, uma marcha de feministas-socialistas em Moscou transformou a data num marco para a ala feminina do partido bolchevique e acelerou o processo que resultaria no fim do regime czarista (ruim) e na revolução que precipitou a Rússia no caos e no morticínio despótico do regime comunista (mil vezes pior), que castiga o país, de certa forma, até hoje.
Alguns anos depois daquela marcha, em 1920, a Rússia leninista concederia às feministas do partido o “direito” total e irrestrito de assassinarem seus filhos no ventre (“aborto legal”) – licença infame e macabra que perdura atualmente sob a ditadura de Vladimir Putin e tem contribuído, juntamente com a invasão da Ucrânia, para afundar a Rússia numa crise de redução demográfica que já dura décadas.
4) A data é incoerente com o falso princípio da igualdade entre os sexos que a embasa. Se o que as marionetes feministas do partidão sempre quiseram foi “igualdade”, por que não lançaram um igualmente relevante Dia Internacional do Homem?
5) No capitalismo maroto do Ocidente liberal, a data transformou-se em mais uma, dentre muitas, que foram esvaziadas de seu significado original (felizmente, neste caso), sendo reduzida ao estímulo consumista reforçado por um romantismo piegas, ao assédio publicitário de produtos e serviços destinados a constranger homens a comprá-los sob a pena de serem julgados por não demonstrarem seu amor pelas mulheres.
É uma patifaria marqueteira sem tamanho, análoga à venda de camisetas de grife do Che Guevara ou Mao.
Homem que realmente ama não precisa provar nada no 8 de março porque os seus atos diários falam por si, e porque ele já presenteia suas amadas (mãe, avó, esposa, irmã, filhas, etc.) sempre que pode e julga que deve fazê-lo, não quando uma data inventada em alguma oficina ideológica dos infernos (e turbinada por agências de marketing) o constrange a isso.
6) Está eivada de um péssimo referencial axiológico a respeito das mulheres, ora incutindo nelas um espírito de revolta e reivindicação por mais “direitos” e “protagonismo”, ora colocando-as num pedestal como objetos de culto a serem adorados com presentes ou desejados de forma desordenada e lasciva.
7) Concentra, num único dia, todo o reconhecimento e o carinho que deve ser demonstrado pelas boas mulheres diariamente, sobretudo por aquelas heroínas que se doam pela família e pelos outros, que tornam mais belo, suave e doce este mundo de labutas, que se portam condignamente à sua altíssima vocação: serem não imitadoras dos piores vícios masculinos, discípulas de mentoras feministas tresloucadas ou seguidoras acríticas das modas, mas sim nobres reflexos da anti-Eva, da virtuosíssima co-redentora do gênero humano, Maria Imaculada, Nossa Mãe e Senhora.
A bem da verdade, e a despeito de algumas das razões circunstanciais elencadas acima, a existência de um Dia Internacional da Mulher até poderia ser, sim, aceitável. Porém, não dá para engoli-lo no sinistríssimo 8 de março! Que seja comemorado, em vez disso, no alegre 2º Domingo de Maio, dia das mães, que é celebrado no mês da Mãe e Rainha de toda a cristandade. E também, para alcançar inclusive as mulheres que não são mães, no felicíssimo 8 de dezembro, quando recordamos a concepção imaculada da Benedicta in mulieribus, da Mulher mais exemplar entre todas, a mais inegavelmente digna deste M maiúsculo, aquela pela qual a Salvação entrou no mundo e cujo nome a Igreja invoca alegremente como Causa nostrae laetitiae. Intercede pro nobis.