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Um bom catequista é um homem de fé

Por Cristian Andrés Alfonso Ferreira

A catequese, segundo nos explica o Catecismo da Igreja Católica – é o conjunto de esforços realizados pela Igreja para fazer discípulos, para ajudar os homens a crer que Jesus é o Filho de Deus, a fim de que, pela fé, tenham vida em seu nome, e para educá-los e instrui-los nesta vida. Em sentido mais específico, é possível considerar que a catequese na fé das crianças, dos jovens e dos adultos é a que compreender principalmente um ensinamento da doutrina cristã, dada geralmente de modo orgânico e sistemático com vistas a iniciá-los na plenitude da vida cristã. Sendo assim, quais sãs as características que devem fazer parte de um bom catequista?

O Código de Direito Canônico, o livro que compila as leis da Igreja, explica-nos, em seu número 775, que corresponde ao Bispo diocesano fomentar a iniciativa catequética em sua diocese dado seu caráter de Pastor. Isso nos fala da própria natureza do labor catequético; questão indispensável para entender as qualidades que um catequista deve reunir.

Nosso Senhor, depois de ressuscitar e antes de ascender aos céus, disse aos onze discípulos reunidos na Galileia: “Ide e fazei que todos os povos sejam meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-lhes a cumprir tudo o que vos tenho mandado” (Mt 28,16-20). Existe um mandato expresso de Jesus Cristo aos apóstolos; Nosso Senhor quer que todos sejam seus discípulos, que todos o conheçam, que todos sejam seus amigos, porque ele chama de amigos a todos aqueles a quem dá a conhecer o que ouviu de seu Pai.

Por isso não é estranho na rica história da Igreja encontrar bispos que se encarregaram pessoalmente da catequese de crianças ou adultos. Realidades territoriais das dioceses impedem que o bispo se encarregue de modo particular do ensinamento das verdades da fé, por isso essa responsabilidade é delegada aos párocos, sem que por isso o juízo do labor catequético de uma diocese seja retirada do bispo, pois o que acontece é que os párocos se convertem em colaboradores do bispo neste mandato divino. Mas também os párocos devem delegar essa função a homens e mulheres que sejam idôneos, surgindo assim a figura que nós conhecemos: o catequista.

Por isso o catequista, em primeiro lugar, DEVE SER HUMILDE. Deve estar consciente de que está desempenhando essa função dentro da Igreja no lugar de um sacerdote; que é indigno desse labor; que carrega um grande tesouro num vaso de barro; e que está ali por pura bondade de Deus; porque um Deus providente, em seus insondáveis desígnios, quis ser ajudado por ele para que muitos o conheçam. O catequista está ali para desaparecer, porque não vai falar de suas próprias bondades, nem do fruto de seus descobrimentos científicos, mas apenas dos ensinamentos da Igreja.

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O catequista DEVE SER UM HOMEM DE FÉ, a fé não é uma ciência infusa, a fé é aprendida pelo estudo pessoal e constante das verdades da fé; e só um homem que tenha dedicado tempo e esforços na assimilação da doutrina católica, ou seja, que buscou intelectualmente o que a Igreja ensina e que empregou em sua vida diária essas verdades, pode ensinar a fé aos demais. O catequista deve transmitir uma experiência cristã própria: só quem levar uma vida em consonância com as verdades doutrinais da Igreja pode ser um bom catequista.

Um bom catequista também DEVE SER UM HOMEM DE ORAÇÃO, porque um catequista deve falar de seu relacionamento com Deus, de sua experiência de Deus, de seu trato com o Deus ao qual serve e do qual fala. E aqui não me refiro a um encontro sentimental, mas a um encontro com Jesus Cristo, que é uma pessoa. Jesus Cristo, o Verbo eterno do Pai, adotou nossa natureza humana sem abandonar a divina, e ele é o destinatário de nosso amor, um Deus que também é homem; e o catequista deve conhecer e amar profundamente a esse Deus-homem; por isso, é inconcebível um catequista que não leve uma vida de oração, principalmente litúrgica, já que a liturgia é a oração da Igreja dirigida pelo próprio Jesus Cristo que é a cabeça unida a seus membros vivos, isto é, aos batizados em estado de graça.

E por último, o catequista DEVE SER UM HOMEM DE INTEGRIDADE MORAL, pois os mandamentos de Deus se resumem em coisas que temos que fazer e em coisas que temos que evitar; o catequista deve principalmente, mediante seu exemplo, mostrar o modo de vida dos filhos de Deus, o modo de pensar dos iluminados pela luz da ressurreição, o modo de ser dos verdadeiros filhos de Deus. Só assim poderá ser chamado de catequista o transmissor das palavras daquele que é a Palavra viva, daquele que deve se tornar vida em cada coração, como em São Paulo, que nos contava que já não era ele que vivia, mas Deus que vivia nele.

Responsabilidades grandes exigem qualidades exigentes, a importância da catequese, da transmissão mesma da fé em Cristo ressuscitado, exige catequistas humildes, com fé, devotos e íntegros, para glória de Deus e de sua Santo Igreja. Rezemos por bons catequistas, para que a luz da fé continue iluminando os povos e que aquele excelso mandato de Nosso Senhor não seja ignorado.

Fonte: Formación Católica

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