O show da Madonna causa com razão indignação.
Primeiro, por desviar a atenção nacional para uma banalidade quando o Brasil enfrenta o maior desastre natural de sua história.
Segundo, por ser um contraste muito grande entre o heroísmo, a caridade e a solidariedade de uns e a vida dissoluta, egoísta e hedonista de outros.
Terceiro, porque eventos como o da Madonna atraem a cólera divina. Desastres naturais, algumas vezes, possuem uma causa moral, os nossos pecados, e são instrumentos da disciplina de Deus, como ensina São Basílio Magno:
“Ninguém se preocupa em perguntar por que a seca, os raios, o granizo são enviados sobre nós; eles nos são enviados por causa dos nossos pecados e porque preservamos um coração impenitente.” (In cap. 9 Isaiae)
Santo Afonso de Ligório ainda diz em sua obra “Six Discourses on Natural Calamities, Divine Threats, and the Four Gates of Hell” que as quatro maiores Portas do Inferno são (i) o ódio, (ii) a blasfêmia, (iii) a roubo e (iv) a impureza.
O Brasil, hoje, sofre com pestes (epidemia de dengue) e grandes desastres naturais, mas ainda assim preserva um coração impenitente promovendo shows como o da Madonna, que abriu todas essas portas infernais. Mesmo diante de tanta dor e sofrimento parece que nem assim o Brasil olha para o Céu.
Tenho fé, contudo, no renascimento do nosso país. Um dia Madonna, Pabllo Vittar, Anitta, Luciano Hulk e outras personalidades desse show terão o seu real tamanho dimensionado. Serão reconhecidos como pequenos, muito pequenos.
Que Deus cuide do Rio Grande do Sul, cure todas as feridas dessa grande terra e renove o coração do Brasil.