Um tribunal de Sant Feliu de Llobregat aceitou a ação movida pela organização Advogados Cristãos contra os apresentadores do programa Està passant da TV3, Toni Soler e Jair Dominguez, e a atriz Judit Martín pela paródia da Virgem del Rocío que foi transmitida ao vivo durante a Semana Santa
Segundo informa El Mundo, confirmado pelo TSJC, o juiz os investiga por um possível crime contra a Constituição. No dia 4 de abril, a TV3 fez uma sátira onde aparecia a atriz mencionada caracterizada como a Virgem del Rocío com um boneco bebê nos braços simulando o menino Jesus, junto a Soler e Domínguez, ironizando o fato de a Virgem não sair em procissão na Páscoa, além de fazer piadas sobre sua vida sexual e seu sotaque andaluz.
Como resultado dessa sátira, a Fundação Espanhola de Advogados Cristãos apresentou uma queixa por um suposto crime de zombaria contra sentimentos religiosos. Neste sentido, a Fundação invocou o artigo 525.1 do Código Penal, que estabelece que incorrerão na pena de multa de oito a doze meses aqueles que, com o objetivo de ofender os sentimentos dos membros de uma confissão religiosa, ridicularizarem publicamente, por palavra, por escrito ou mediante qualquer tipo de documento, seus dogmas, crenças, ritos ou cerimônias, ou humilharem publicamente aqueles que os professam ou praticam”.
Fonte: InfoCatolica
Entre os homens dedicados a causa do Sagrado Coração de Jesus, justo é nomear o ilustre Presidente da República do Equador, Garcia Moreno, caído sob o ferro dos assassinos em 6 de agosto de 1875. Quando ele estudava em Paris, mostrava já sua fé e sua grande alma. Moreno reservava o domingo para repousar, servir a Deus e estudar seu coração. Passava este santo dia, parte na igreja, parte em passeios. Desprezava todas as outras distrações e, em todo o tempo de sua residência em Paris, ele nunca foi a teatros. Este célebre homem deixou a França em 1857. Em 1860 era presidente.
Profundamente católico, Moreno resolvera se mostrar tal por toda parte e sempre. Falando um dia dos miseráveis equívocos sobre a liberdade, ele pôs-se a dizer: «E eu também sou liberal, mas nos entendamos. Para mim, a liberdade é o poder de fazer o bem; mas de fazer ou deixar fazer o mal, nunca!» Seu grande refrigério era a oração na sua casa, entre seus familiares, sua guarda e criados. O seu ofício era o de um bom pai de família. Todos os dias a oração e o terço, todos os domingos e dias festivos leitura sobre o ofício do dia segundo o uso da Espanha. «Era um prazer e belíssimo exemplo vê-lo orar – dizia um de seus parentes. Sua voz nobre, sonora e penetrante lia-nos o texto conhecido, mas por vezes sua piedade lhe inspirava palavras novas que se aplicavam às necessidades do momento. Ele pedia socorro para as necessidades do Estado, rogando a Deus que lhe ditasse o que lhe cumpria fazer.»
Garcia Moreno era verdadeiramente pai de seu povo, pelo qual velava com rara solicitude para que o pão da palavra de Deus e a instrução religiosa não faltassem. Os religiosos eram acolhidos com braços abertos, e nunca ele os achava muitos para seus desejos. Franciscanos, Jesuítas, Redentoristas, Irmãos das Escolas Cristãs, Irmãs da Caridade e tantos outros, tinham no Equador perfeita liberdade para o bem. Garcia Moreno tinha feito, à frente de seu país e com ele, atos de fé brilhantes e sublimes. Só ele, no mundo inteiro, como homem de Estado, protestou contra a invasão de Roma. Consagrou também sua República ao Sagrado Coração de Jesus.
Numa missão, ele, Presidente da República, levava processionalmente, à vista de todos, sobre os ombros, pelas ruas de Quito, a cruz sacrossanta. Ele unia as funções de Presidente da República com as de membro da Conferência dos pobres e diretor do hospital, cujos móveis foram providos à sua custa. Este herói cristão costumava dizer a seus amigos: «Matar-me-ão, mas Deus não morre.» Poucos dias antes de sua morte, ele escrevia ao Soberano Pontífice: «Hoje que as lojas dos países vizinhos buscam meios de me assassinar, tenho mais que nunca necessidade da proteção divina, a fim de viver e morrer pela defesa de nossa santa religião. Que felicidade para mim ser detestado e caluniado por amor de nosso Divino Redentor! E que imensa felicidade seria para mim, se vossa bênção me obtivesse do céu a graça de derramar meu sangue por Aquele que, sendo Deus, quis derramar o seu amor por nós na Cruz!» Nos últimos tempos, como houvesse pressentido a morte, Garcia Moreno confessava e comungava duas vezes por semana. Em 6 de agosto, primeira sexta-feira do mês e no dia em que ele foi assassinado, comungou em honra ao Sagrado Coração de Jesus. A uma hora, indo para o palácio do governo, como tivesse de passar diante da catedral, onde estava exposto o Santíssimo Sacramento, entrou para adorá-Lo. Ao sair, foi ferido por três assassinos. Levado para a catedral, expirou diante do altar de Nossa Senhora das Dores, depois de ter recebido os últimos Sacramentos e ter perdoado a seus assassinos. Sua última palavra foi: «Deus não morre.» Oxalá todos os povos tivessem um Garcia Moreno para governá-los.
Pe. Saint-Omer (org.). O Sagrado Coração de Jesus segundo Santo Afonso. Editora Santo Atanásio. A Primeira Sexta-feira do Mês de Fevereiro.
Curitiba,