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Proselitismo pra que te quero

Por um lado, devemos ser missionários; por outro, o proselitismo é ruim. Como resolver este paradoxo? Analisamos duas notícias e o trecho de uma exortação apostólica.

Primeira Notícia

Papa Francisco lembra as Obras Missionárias de que sua missão é pregar Cristo, não repartir dinheiro

O papa convidou-lhes primeiro a refletir sobre o carisma e missão das Obras Missionárias contemplando o Coração misericordioso e compassivo de Jesus, que inspirou à beata Paulina María Jarico, fundadora da Sociedade da Propagação da Fé.

Dirigindo-se este sábado (03/06/2023) às Obras Missionárias Pontificais (OMP), o Papa Francisco lhes animou a continuar levando a todos a misericórdia e a compaixão que botam do Coração de Jesus, recordando que “a comunidade cristã é missionária por sua própria natureza”.

“De fato – disse – todo cristão recebeu o dom do Espírito Santo e é enviado para continuar a obra de Jesus, anunciando a todos a alegria do Evangelho e levando seu consolo às diversas situações de nossa história, frequentemente ferida”.

Toda missão apostólica nasce do Coração de Jesus

O papa convidou-lhes a refletir sobre o carisma e missão das Obras Missionárias contemplando o Coração misericordioso e compassivo de Jesus, que inspirou à beata Paulina Maria Jaricot, fundadora da Sociedade da Propagação da Fé.

Ao fazê-lo, disse, “descobrimos a grandeza do plano de Deus para a humanidade” e “a medida infinita de seu amor”. Jesus nos mostra este amor “em sua compaixão pelos que estão feridos, em sua preocupação ante o sofrimento, na misericórdia com a qual unge os pecadores, em seu sacrifício pelos pecados do mundo”.

O “coração” da missão evangélica da Igreja é, portanto, “alcançar a todos mediante o dom do amor infinito de Deus, buscar a todos, acolher a todos, oferecer nossa vida por todos, sem excluir ninguém”.

“Toda nossa missão nasce, pois, do Coração de Cristo para atrair a todos para si”. Este era o espírito místico e missionário da Beata Paulina Maria Jaricot, fundadora da Sociedade da Propagação da Fé, muito devota do Sagrado Coração de Jesus.

– Fomentar o espírito missionário em todo o Povo de Deus

Ante esta premissa, o Papa Francisco reiterou que a vocação das Obras Missionárias Pontificais é ser “instrumentos para promover a responsabilidade pelas missões da parte de todos os batizados”, tal como expressou em sua Constituição Apostólica “Praedicate Evangelium” da reforma da Cúria Romana.

Recordou que não são “uma mera agência para a distribuição de fundos para os que necessitam de ajuda”, seus esforços missionários não são apenas nos países de recente evangelização, mas também naqueles de antiga tradição cristã “marcados por uma grave crise de fé”.

A missão não é questão de dinheiro, mas de espiritualidade

Embora seja necessário recursos econômicos, o dinheiro não deve ser convertido no eixo do labor missionário: “Se se transformar num negócio, a corrupção irá se apoderar de tudo”, advertiu.

Olhando para o futuro, o Papa Franscisco expressou o sonho de “uma cooperação missionária cada vez mais estreita e coordenada entre todos os membros da Igreja”, tal como pedia há um século o Padre Paolo Manna, fundador da Pontifícia União Missionária do Clero.

Fonte: InfoCatólica


Segunda Notícia (Trecho)

Papa aos barnabitas: ser criativos, mas com a fidelidade ao Evangelho, a exemplo do fundador

(…)

Uma forte relação com o Senhor Jesus, começou dizendo, marcou a vida de Santo Zaccaria desde sua juventude, “num sério caminho de crescimento, em particular na meditação da Palavra de Deus com a ajuda de dois bons religiosos”, o que “o conduziu primeiro ao empenho catequético, depois ao sacerdócio e finalmente à fundação religiosa”. Uma relação que “é fundamental também para nós” na corrida para a meta, envolvendo nela as pessoas que nos foram confiadas”. Mas, alertou o Santo Padre, “o anúncio não é proselitismo”, mas “partilha de um encontro pessoal (…) que mudou a nossa vida! Sem isso, nada temos a anunciar, nem um destino para o qual caminhar juntos.” E ilustra com uma experiência:

Eu tive uma experiência ruim com isso em um encontro de jovens alguns anos atrás. Saía da sacristia e havia uma senhora, muito elegante, muito, (…), com um menino e uma menina. E esta senhora, que falava espanhol, disse-me: “Padre, estou feliz porque converti estes dois: este vem de tal e esta vem de tal”. Eu fiquei chateado, sabe?, e disse: “Não converteste nada, faltaste com o respeito com essa gente: não os acompanhou, fez proselitismo e isso não é evangelizar”. Ela estava orgulhosa por ter convertido! Tenham o cuidado de distinguir bem a ação apostólica do proselitismo: nós não fazemos proselitismo. O Senhor nunca fez proselitismo.

(…)

Fonte: VaticanNews


Trecho de Evangelii Gaudium

Por fim, frisamos que a evangelização está essencialmente relacionada com a proclamação do Evangelho àqueles que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre O recusaram. Muitos deles buscam secretamente a Deus, movidos pela nostalgia do seu rosto, mesmo em países de antiga tradição cristã. Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. A Igreja não cresce por proselitismo, mas «por atracção».

Evangelii Gaudium, 14.

Curitiba,

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