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Coréia do Sul possui a menor taxa de fertilidade do mundo

Gráfico da Taxa de Fertilidade por ano na Coréia do Sul e no Japão
Adeus bebês: Taxa de fertilidade, nascimentos por mulher, por ano na Coréia do Sul e no Japão.

Matéria do The Economist diz que “a população [da Coréia do Sul] está envelhecendo mais rapidamente que o Japão”, ou seja, está bom uma baixa taxa de fertilidade. E qual seria a razão? Como veremos na tradução que fizemos, trata-se do progressismo [a geração mais jovem se considerar superior à anterior só por ter nascido depois], igualitarismo [considerar o homem como um mero animal que trabalha ou como massa inerte modelada por fora, negligenciando diferenças entre o homem e a mulher (feminismo)] e liberalismo [separação de economia e moral como forma de prestar culto a mamom] que escraviza homens e mulheres ao interesse econômico, invertendo a ordem social ensinada pela Doutrina Social da Igreja: não deve o homem servir à economia [ser escravizado], mas a economia servir ao homem [ser meio de obter os bens temporais necessários a vida e ao progresso de sua família]. Acrescenta-se ainda que a nova geração de jovens, em suas bandeiras ideológicas, são avessos à família em decorrência de sua mentalidade materialista, estando mais preocupados com as bandeiras do feminismo. O presidente atual está ciente do problema e propõe medidas, mas se percebe que está intoxicado de feminismo também.

A taxa de fertilidade da Coréia do Sul é a menor do mundo

Nas colinas cheias de cerejeiras, a algumas horas à sudeste de Seul, há um prédio escolar, estilo bangalô, construído com tijolos escuros. Seus pisos de madeira estão caprichosamente polidos. As paredes coloridas estão repletas de livros e brinquedos. A única coisa que está faltando são as crianças. Há 40 anos, quando a região estava no auge da atividade minerativa, a escola primária Boboal tinha mais de 300 alunos. Hoje ela tem três: uma menina e dois meninos, que soam como desamparados quando são vistos ao redor das muitas cadeiras vazias. A escola só está aberta porque alguns aldeões montaram uma campanha para resistir ao plano do Ministério da Educação de fundi-la com uma escola da cidade vizinha, que dista dez quilômetros da atual. “A manutenção da escola é importante para a comunidade”, diz Kim Jung-hoon, cuja filha é uma do total dos três alunos existentes. “Como é que vamos convencer as famílias a ficar se não houver lugar para seus filhos?”

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Todavia, o plano do Ministério da Educação, que Kim e seus colegas ativistas enxergam como um ataque à sua aldeia, é o efeito de uma causa maior. Desde o início da década de 80, mais 3500 escolas fecharam; 28 estão em vias de fechar este ano. O motivo é que a Coréia do Sul está ficando sem crianças. A taxa de fertilidade, que indica quantos filhos em média terá uma mulher ao longo de sua vida, ficou em apenas 1.05 no ano passado. É a menor taxa do mundo, muito abaixo da “taxa de reposição”, que é cerca de 2.1, necessária para sustentar uma população. Em Seul, a capital, a taxa é de apenas 0.84. Embora os sul-coreanoas não sejam tão velhos quanto seus vizinhos japoneses, estão envelhecando mais rápido.

A maioria dos demógrafos culpa um crescente descompasso entre os costumes tradicionais e a mudança de preferência na população jovem. As mulheres atualmente possuem mais educação que os homens e estão ansiosas para conquistarem sucesso no mercado de trabalho, mesmo diante do sexismo arraigado que pode ser visto na enorme disparidade salarial entre homens e mulheres (em média, a mulher sul-coreana ganha só 63% do salário do homem). A longa jornada de trabalho e a rigidez hierárquica no mundo dos negócios da Coréia do Sul impossibilitam a harmonia com uma vida familiar, mesmo para os homens. As mulheres, por sua vez, enfrentam ainda mais obstáculos. “Muitas empresas ainda exergam as mulheres como trabalhadoras temporárias que abandonariam o trabalho assim que tivessem filhos,” afirma Lee Do-hoon da Universidade Yonsei. “Por conta disso, as mulheres têm medo de não poderem retornar aos seus empregos após começarem uma família”.

Sustentar uma família é difícil. O desemprego entre os jovens é de 10,5%. Os universitários graduados, que compõem 69% dos que têm entre 25 e 34 anos, não podem mais aspirar por um trabalho lucrativo capaz de mantê-lo por toda a vida. Possuir uma casa em Seul, que concentra a maior parte das oportunidades econômicas, está fora do alcance de todos, exceto dos mais ricos.

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Além disso, para muitos, o casamento também é desagradável. Os homens temem não serem capaz de sustentar uma família. As mulheres reclamam das expectativas atrasadas dos potenciais pretendentes. Empresas de relacionamento reduzem pontos de candidatas do sexo feminino que têm empregos sérios, mas poucas habilidades domésticas. “Casar significa apenas que o rapaz espera que você fique em casa e cozinhe para ele”, diz uma mulher que trabalha para uma ONG em Seul. “Por que eu iria querer fazer isso?” E ter filhos fora do casamento é visto como vergonhoso.

A falta de bebês ameaça de sobrecarga o sistema previdenciário e o futuro crescimento econômico do país. As tentativas dos governos anteriores de lidar com o problema inspiraram sobretudo o ressentimento. A administração de Park Geun-hye, o presente anterior, sofreu impacto quando, em 2016, publicou um “mapa do nascimento” destacando com rosa brilhante as áreas mais férteis do país em tentativa de estimular as outras. Não é de se surpreender que as mulheres tenham se ofendido por se considerarem tratadas como animais de fazenda.

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O Presidente Moon Jae-in parece ter uma abordagem diferente. Seu governo anunciou medidas para melhorar o cuidado infantil e aumentar o apoio a famílias monoparentais. Isso faz sentido, já que a Coréia do Sul gasta menos do seu PIB em benefícios familiares do que a maioria dos outros países ricos. Moon também prometeu trabalhar em prol de maior igualdade de gênero e menor carga de horário no trabalho. A ênfase está em aumentar a liberdade das pessoas na escolha de como viver, em vez de apenas aumentar os nascimentos. Essas mudanças podem ajudar, diz Lee: “As mulheres não querem que o governo decida se elas devem ter filhos ou não. Elas querem que o governo crie condições sob as quais elas possam querer tê-los”.

Ainda assim, é improvável que os resultados sejam suficientemente rápidos. O governo também ajuda a organizar casamentos entre homens rurais e noivas “importadas” dos países asiáticos mais pobres. Em teoria, aceita-se a necessidade de estrangeiros não só para terem bebês, mas também para fazer outros trabalhos. Todavia, a imigração em massa continua sendo um assunto delicado.

Fonte: The Economist (30/06/2018)
Tradução: Instituto Santo Atanásio

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