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A Importância da Estrela e os Reis Magos – Reflexão de Natal

A Importância da Estrela e os Reis Magos

Boa noite a todos os presentes aqui. Boa noite a quem assistir essa pequena reflexão via vídeo no canal do nosso YouTube. Hoje eu vou falar um pouco sobre o sexto dia da novena, que é a estrela e os Reis Magos.

É interessante que nós sempre lembramos dos Reis Magos no Natal. Temos até uma liturgia própria que é feita no dia 6 de janeiro para tratar mais especificamente deles. Mas conhecemos muito pouco sobre os Reis Magos. Na verdade, podemos dizer que praticamente nada. É pouquíssima coisa que nós conhecemos sobre a realidade desses homens que partiram do oriente com destino ao ocidente subitamente, porque apareceu uma estrela no céu. É algo que para os dias de hoje pareceria ser algo irrisório. Ninguém iria fazer uma jornada, que podemos dizer que é de certa forma maluca e doida, até um outro ponto, uma distância enorme, por causa de uma luz e confiando em uma profecia antiga.

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Não sabemos de qual lugar vieram do oriente. Não sabemos a origem, o país de onde partiram e para irem parar em Jerusalém. O que sabemos é que tinham um rumo dado pela indicação dessa estrela no céu.

O Evangelho de São Mateus tem um pouco mais de informações sobre os Reis Magos. Esses homens, na verdade, não trazem números de quantas pessoas eram. Nós não sabemos com exatidão para além dos três Reis Magos, que nós representamos hoje colocando no presépio juntamente com os camelos. Eles também foram acompanhados por alguns pagens.

O que temos no Evangelho de São Mateus, que é muito interessante, é a expressão “mago”. A palavra mago, no Oriente, era usada para expressar pessoas que eram verdadeiramente sábias, pessoas que tinham o dom da ciência, do estudo ou até mesmo status para serem conselheiros de reis ou talvez os próprios reis. É por isso que no cristianismo foram chamados de três Reis Magos.

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Esses homens partiram baseados em uma profecia oriunda de um profeta pagão chamado Balaão, o amonita. Na sua profecia, ele diz que uma estrela sairá de Jacó e um cetro se levantará em Israel, razão pela qual os Reis Magos acreditavam no nascimento desse Messias, o Messias Rei, que seria o Salvador.

Não tinham muitas informações no Oriente, era muito confuso. A profecia era disseminada, mas ninguém conhecia nada com precisão. Esses três homens certamente tinham uma grandeza de alma acima da m. Primeiramente, não só pelo fato deles verem a estrela, porque todos que estavam lá podiam ver fisicamente a estrela, assim como hoje, se aparecesse uma estrela no céu fisicamente, nós teríamos capacidade de ver. Mas o mais importante, para além dessa estrela física, foi tentar entender o porquê de ter aparecido essa estrela lá. E esses homens começaram então a fazer uma pesquisa, um estudo aprofundado, até que chegaram à conclusão de que se tratava da estrela desse Messias Rei que estava para nascer.

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Essa profecia foi proferida 1000 anos antes do nascimento de Jesus, tendo ocorrido então no milênio posterior. Mas mesmo assim eles acreditaram. Existia um querer e, com seu tempo de estudo e de pesquisas, foi ficando cada vez mais claro que se tratava mesmo dessa profecia. E então empreendem esta jornada em busca desse Messias Rei.

O que nós podemos já podemos aproveitar desse primeiro momento de meditação e reflexão, baseado tanto na estrela como nessas pessoas dos magos? Que os Reis Magos eram homens com grandeza de alma, pois em sua visão de mundo, não deixavam de lado a transcendentalidade, embora viessem de um povo pagão. Quando nós hoje aqui na novena refletimos, juntamente com o Padre Faus, sobre a questão de ver essa estrela, notamos que vê-la fisicamente é algo simples e tranquilo. É algo que no nosso mundo de hoje poderíamos ver de forma clara. Porém, quando nós entramos na disposição de aprofundar e entender aquilo, de querer saber, mesmo sabendo que aquilo poderá ao mesmo tempo nos comprometer, é então que se vê a diferença entre os homens magnânimos, de alma grande, e aqueles que têm uma pequenez de alma. Com efeito, pelo fato de buscarem com sinceridade a verdade do que estavam pesquisando e, juntamente com isso, estarem dispostos a se comprometer ao encontrar a verdade procurada, é que os Reis Magos se comprometeram em fazer aquela jornada. Assim, independentemente do caminho que fosse, decidiram seguir a estrela. E passaram desertos, montanhas, desafiaram frio, gelo, sede… Colocando suas vidas em risco, muitas dificuldades fizeram parte da jornada desses Reis Magos.

E podemos fazer uma analogia, uma comparação conosco mesmos. Quando nós começamos a buscar a nossa estrela – não é à toa que o padre Faus fala bastante da questão da vocação –, estamos buscando a nossa missão enquanto seres humanos. Nós precisamos encontrar essa vocação, precisamos encontrar esse sentido para a nossa vida. É por causa desse sentido que vamos vencer todas as dificuldades, vamos entender que existem momentos de alegrias e momentos de tristeza; de felicidade, de dificuldades; momentos amargos e outros momentos mais louváveis. Mais ainda, quando nós encontramos o sentido para nossa vida, conseguimos juntar tudo isso e entender que tudo faz parte da nossa vocação, da nossa missão aqui nesta terra, cujo caminho visa, como fim último, a contemplação face a face do próprio Deus.

E isso pode acontecer de várias formas. O padre Faus fala da vocação. Quanto a isto, nós podemos, por exemplo, ser vocacionados ao matrimônio, ser vocacionados à vida consagrada ou ser um sacerdote. Cada um terá a sua missão e dentro desta missão terão as dificuldades. Qualquer que seja a jornada que nós vamos trilhar, vão ter os altos e baixos, vão ter momentos bons, momentos ruins. E dessa forma, os três reis magos, naquilo que fizeram, evidenciaram essa simbologia vocacional, que é um grande exemplo que nós, cristãos, devemos seguir.

Peguemos um simples exemplo que o próprio Padre Faus já citou na novena e que nós meditamos há pouco: a questão da família. Quando você se sente vocacionado à família, deseja-se construir uma família e para isso será preciso casar. Neste primeiro momento você tem um caminho, uma direção. E então chegou tão desejado momento, você casou. A partir disso começarão as dificuldades, poderão vir problemas financeiros, de saúde, vêm os filhos, a dificuldade de tempo, etc. Coisas do tipo vão fazer com que você, de certa forma, fique obscurecido e já não consiga mais enxergar aquela estrela do casamento. E é nisso que está o grande segredo: o certo é você manter o seu coração firme, como os Reis Magos fizeram. Embora em certo momento eles não viram mais a estrela, não deixaram de seguir o seu rumo [foi quando perguntaram a Herodes sobre o nascimento do Rei dos Judeus]. E é dessa forma que nós somos chamados.

Hoje, na nossa sociedade, infelizmente nós não conseguimos mais ter esse entendimento das coisas, e por isso as pessoas desistem fácil das coisas, tudo se tornou descartável. As pessoas contraem o matrimônio e, na primeira dificuldade, no primeiro problema, separam, ou seja, divide-se os corpos. Basicamente se abandona a vocação por uma fraqueza. É desta maneira que se começa a entrar num risco absurdo de, por exemplo, começar a cair em pecado.

O que hoje tem normalmente acontecido é que as pessoas são superficiais e têm uma certa dificuldade com a questão da luxúria, a qual já foi até comentado hoje na reflexão anterior. E aí você cai no pecado, acaba perdendo todo o rumo da sua vida, acaba perdendo o sentido da vida. E quando você perde o sentido da vida, você cai num vazio e começa a fazer de tudo para tentar preencher isso. Mas você não vai conseguir preencher, porque a única forma de preencher isso é o que os Reis Magos fizeram: viram e seguiram aquela estrela rumo a Jesus Cristo, àquele menino Salvador que estava nascendo. Da mesma forma, a única maneira de preenchermos o nosso coração, de encontrarmos a verdadeira felicidade, de encontrarmos o verdadeiro sentido da nossa vida, é seguindo esses passos. A nossa jornada começa com a nossa vocação terrena aqui neste mundo, mas só terá sentido e terá um bom final quando nós verdadeiramente encontrarmos a pessoa de Cristo. É o próprio Cristo quem nos disse, em pessoa e aqui nesta terra, que Ele era o único caminho, a verdade e a vida.

É então nós entramos em outro ponto que é importantíssimo. Hoje, infelizmente, não se busca mais a verdade. O que se busca hoje é convenção social. A convenção social está acima da verdade. Deste modo, você prega uma falsa paz, suprimindo a verdade. E este tipo de mentalidade é algo que, infelizmente, não está só no mundo secular, ela está dentro da Igreja, e nós vemos isso a todo momento. É causa de grandes problemas, principalmente na fé dos fiéis, resultando uma confusão total. As pessoas já não sabem mais o que é o verdadeiro amor a Deus, porque hoje o amor a Deus passou a ser uma espécie de convenção, e o amor a Deus não é isso. O amor a Deus, o verdadeiro amor a Deus só existe se a verdade estiver presente. Se não tiver a verdade, não tem amor a Deus. De fato, o amor a Deus tem que passar por Cristo.

E o que é Cristo? Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. É importantíssimo nós gravarmos essa frase: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Cristo é a única forma, é o único meio, é a única luz que vai dar sentido para as nossas vidas. E o padre Faus, nas suas meditações, enfatiza essa questão da necessidade de nós termos o coração bem definido para este propósito. Com efeito, muitas vezes, diante das dificuldades, nós podemos nos ver na fraqueza de começar a nos perguntar se isso vale a pena, se todo esse sacrifício vale a pena. Vale a pena suportar essas dificuldades quando o nosso mundo pode me dar coisas mais prazerosas aqui? Ocorre que as coisas do mundo são passageiras, e o nosso objetivo, enquanto seres humanos, é algo eterno.

Eis a reflexão: o ser humano foi criado para usar sua faculdade intelectual, e o intelecto é eterno, a nossa alma é eterna. Por isso precisamos assumir o compromisso de vencer as coisas passageiras, as coisas terrenas, as coisas carnais, focando principalmente naquilo que é eterno. O nosso intelecto está propenso a buscar a verdade, e a verdade é Cristo. Então, nós, como católicos, temos que ter isso muito claro, ser muito resilientes nesse propósito.

O Padre Faus também nos ensina na novena sobre a frase: “vimos e viemos”. Trata-se de algo que é importante termos muito claro, já que a qualquer momento podemos ser chamados para uma missão, e devemos estar preparados espiritualmente e até mesmo intelectualmente para assumi-las e não adiá-las, porque às vezes pode ser tarde. Assim, uma vocação sacerdotal, uma vocação para uma vida intelectual, um chamado para um apostolado ou um chamado para a vida matrimonial, muitas vezes, por não estarmos preparados ou não buscarmos essa preparação antes do momento chegar, é adiado.

Isso acontece muito com aqueles que estão passando por dificuldades e não entendem, principalmente em nossa sociedade atual, que o sentido humano é buscar o seu fim último, que é a salvação da alma.

Muitas vezes, por ainda estarem presos em vícios, terem hábitos ruins e más companhias, acabam adiando o desligamento dessas coisas ruins e, consequentemente, não conseguem dar esse passo tão importante que é seguir o caminho correto, seguir a estrela para chegar a Jesus Cristo.

É por isso que eu peço para cada um que está aqui e para quem está assistindo essa pequena reflexão, que tire um, dois, três minutos para olhar para um presépio, um presépio verdadeiro cristão que tem os três Reis Magos, seus camelos, os pagens… para meditar. Meditar que esses três homens simbolicamente refletem a nossa própria vida, a nossa jornada nesta vida terrena em busca da luz verdadeira, que é o próprio Jesus Cristo, tal como Ele mesmo diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.

Feliz Natal, e Viva Cristo Rei!

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